Bissau Novo Digital
quarta-feira, 22 de maio de 2019
quarta-feira, 21 de março de 2018
Advogados denunciam práticas de corrupção no Ministério Público
O advogado e antigo ministro da Guiné-Bissau Fernando Gomes denunciou hoje alegados casos de corrupção praticados por magistrados do Ministério Público, acusando-os de pedirem dinheiro às pessoas detidas ilegalmente para serem postas em liberdade.
Fernando Gomes, que foi ministro do Interior e da Função Pública, lidera um coletivo de advogados guineenses que vão passar a denunciar e combater os casos de corrupção perpetrados por magistrados do Ministério Público.
O advogado lamentou que seja aquele órgão a violar os direitos dos cidadãos quando, perante a lei, devia ser o protetor dos guineenses.
«Alguns magistrados andam a deter cidadãos, sem quaisquer indícios de crime, metem-nos na cadeia e dias depois negociam a sua libertação a troco de dinheiro», acusou o advogado que citou um caso que disse ter ocorrido «estes dias».
«É uma espécie de associação criminosa», observou Fernando Gomes, fundador da Liga Guineense dos Direitos Humanos e antigo candidato à presidência do país.
Segundo Fernando Gomes, os magistrados aproveitam-se de qualquer «pequena confusão» entre os cidadãos para os meter na cadeia, sem qualquer culpa formal.
Fernando Gomes salientou que vários advogados têm referido a ocorrência de casos de corrupção praticados por magistrados do Ministério Público, mas que ninguém apresentou queixa e nenhum magistrado foi castigado.
Segundo Fernando Gomes, os magistrados aproveitam-se de qualquer «pequena confusão» entre os cidadãos para os meter na cadeia, sem qualquer culpa formal.
Fernando Gomes salientou que vários advogados têm referido a ocorrência de casos de corrupção praticados por magistrados do Ministério Público, mas que ninguém apresentou queixa e nenhum magistrado foi castigado.
Para mudar este cenário, Gomes vai liderar a associação que passará a fazer denúncias e instruir processos criminais.
«Temos a consciência dos riscos que estamos a correr, mas é o nosso trabalho», sublinhou o advogado que pede ao Procurador-Geral guineense, Bacari Biai, que inicie quanto antes uma limpeza no Ministério Público.
«O Procurador-geral da República devia começar a limpeza no Ministério Público porque de facto há corrupção», nesse órgão, destacou Fernando Gomes ao reagir ao anúncio de Bacari Biai de iniciar um «combate sério à corrupção» nos órgãos do Estado.
«Temos a consciência dos riscos que estamos a correr, mas é o nosso trabalho», sublinhou o advogado que pede ao Procurador-Geral guineense, Bacari Biai, que inicie quanto antes uma limpeza no Ministério Público.
«O Procurador-geral da República devia começar a limpeza no Ministério Público porque de facto há corrupção», nesse órgão, destacou Fernando Gomes ao reagir ao anúncio de Bacari Biai de iniciar um «combate sério à corrupção» nos órgãos do Estado.
José Mário Vaz felicita Putin e manifesta vontade de reforçar cooperação
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, felicitou hoje a reeleição de Vladimir Putin para o quarto mandato enquanto chefe de Estado da Rússia e manifestou vontade de reforçar a cooperação existente entre os dois países.
Numa carta enviada a Vladimir Putin e divulgada à imprensa, José Mário Vaz manifesta as suas «calorosas felicitações».
«Estou certo que os vínculos de amizade e colaboração entre ambos os países se vão aprofundar ulteriormente, tanto no plano político e económico, como no quadro das Nações Unidas», salienta, na carta.
José Mário Vaz sublinha também a sua «total disponibilidade» para «reforçar e consolidar as relações de amizades e cooperação» existentes entre os dois países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, foi reeleito no domingo com 76,67% dos votos.
De acordo com os últimos dados da Comissão Eleitoral Central, Putin obteve o apoio de 56,1 milhões de cidadãos, mais 10,5 milhões que na eleição de 2012, quando regressou ao Kremlin após um mandato de quatro anos como primeiro-ministro.
Putin, 65 anos, venceu as suas primeiras eleições em março de 2000, três meses depois de receber o poder das mãos do primeiro Presidente eleito democraticamente na história da Rússia, Boris Ielstin.
Numa carta enviada a Vladimir Putin e divulgada à imprensa, José Mário Vaz manifesta as suas «calorosas felicitações».
«Estou certo que os vínculos de amizade e colaboração entre ambos os países se vão aprofundar ulteriormente, tanto no plano político e económico, como no quadro das Nações Unidas», salienta, na carta.
José Mário Vaz sublinha também a sua «total disponibilidade» para «reforçar e consolidar as relações de amizades e cooperação» existentes entre os dois países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, foi reeleito no domingo com 76,67% dos votos.
De acordo com os últimos dados da Comissão Eleitoral Central, Putin obteve o apoio de 56,1 milhões de cidadãos, mais 10,5 milhões que na eleição de 2012, quando regressou ao Kremlin após um mandato de quatro anos como primeiro-ministro.
Putin, 65 anos, venceu as suas primeiras eleições em março de 2000, três meses depois de receber o poder das mãos do primeiro Presidente eleito democraticamente na história da Rússia, Boris Ielstin.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
CRISE POLÍTICA: PR de Cabo Verde pede a continuação da ECOMIB, e quer contribuir para se encontrar uma solução
O presidente cabo-verdiano revelou a sua disponibilidade para ajudar à
Guiné Bissau a ultrapassar o impasse politico que atravessa.
Apesar de se tratar de um assunto interno e de alguma complexidade, Jorge Carlos Fonseca afirmou a jornalistas que sempre se pode contribuir para encontrar o caminho do diálogo, a fim de se chegar a uma plataforma de entendimento e a consequente resolução dos problemas.
“Nós queremos ajudar encontrar uma solução que permita os guineenses ter tranquilidade, os caminhos da democracia completamente reabertos e normalizados, se pudermos ajudar para que haja entendimento sobre o que significa o respeito pelos acordos de Conacry, que possibilite desbloquear a situação, nomeadamente funcionar a plenária da Assembleia nacional, um Governo legitimado democraticamente, enfim vamos fazer o que nos é possível diretamente, mas também no diálogo que tenho com os homólogos da CEDEAO e também da CPLP", afirmou Jorge Carlos Fonseca.
O Presidente cabo-verdiano considera fundamental a continuidade das forças da CEDEAO (ECOMIB) na Guiné-Bissau para ajudar a manter o clima de tranquilidade.
Fonseca prometeu estabelecer contactos com líderes da região para garantir que a força se mantenha no país. Nas últimas semanas, vários dirigentes guineenses visitaram Cabo Verde, como o presidente do Parlamento Cipriano Cassama e o líder da União para a Mudança, Agnelo Regala.
Apesar de se tratar de um assunto interno e de alguma complexidade, Jorge Carlos Fonseca afirmou a jornalistas que sempre se pode contribuir para encontrar o caminho do diálogo, a fim de se chegar a uma plataforma de entendimento e a consequente resolução dos problemas.
“Nós queremos ajudar encontrar uma solução que permita os guineenses ter tranquilidade, os caminhos da democracia completamente reabertos e normalizados, se pudermos ajudar para que haja entendimento sobre o que significa o respeito pelos acordos de Conacry, que possibilite desbloquear a situação, nomeadamente funcionar a plenária da Assembleia nacional, um Governo legitimado democraticamente, enfim vamos fazer o que nos é possível diretamente, mas também no diálogo que tenho com os homólogos da CEDEAO e também da CPLP", afirmou Jorge Carlos Fonseca.
O Presidente cabo-verdiano considera fundamental a continuidade das forças da CEDEAO (ECOMIB) na Guiné-Bissau para ajudar a manter o clima de tranquilidade.
Fonseca prometeu estabelecer contactos com líderes da região para garantir que a força se mantenha no país. Nas últimas semanas, vários dirigentes guineenses visitaram Cabo Verde, como o presidente do Parlamento Cipriano Cassama e o líder da União para a Mudança, Agnelo Regala.
sexta-feira, 28 de abril de 2017
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Líder movimento sociedade civil critica «discurso divisionista» do PR
O líder do Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, uma plataforma que reagrupa mais de 100 organizações, Jorge Gomes, criticou hoje o que diz ser «discurso divisionista» que tem sido feito pelo chefe do Estado, José Mário Vaz.
O Presidente guineense tem estado em contato com as populações do interior do país e num discurso, na semana passada, em Gabu, no leste da Guiné-Bissau, pediu aos presentes num comício popular, que aplaudissem o atual chefe das Forças Armadas, general Biague Nan Tan.
José Mário Vaz considerou que se a Guiné-Bissau é hoje um país em paz «tal é graças a um bom desempenho» de Biague Nan Tan, que sublinhou ser um chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da sua inteira confiança.
«Pedir que se aplauda um chefe do Estado-Maior (das Forças Armadas) não é uma conversa de um chefe do Estado que quer apaziguar o povo do seu país», observou Jorge Gomes, que vê na ação «um discurso divisionista» do povo.
O líder das organizações da sociedade civil guineense ainda considerou de «incitação à violência» quando José Mário Vaz afirma que dantes o dinheiro que dava aos militares era desviado em parte.
Jorge Gomes defendeu que não compete ao Presidente da República dar dinheiro aos militares - para as suas necessidades nas casernas - mas sim ao Ministério das Finanças e ainda diz ser incompreensível quando José Mário Vaz afirma que o dinheiro era desviado.
Em Gabu, o Presidente guineense exemplificou, sem apontar responsáveis, que quando dava cinco milhões de francos (7.600 euros), apenas chegava aos quarteis, quinhentos mil francos CFA, quando entregava quatro milhões, os soldados apenas recebiam quatrocentos mil francos.
«Mas quem manda quinhentos mil francos CFA para um batalhão com 600 homens», questionou o líder das organizações da sociedade civil.
Jorge Gomes pede ao chefe do Estado que modere as suas intervenções nas suas declarações durante a sua Presidência Aberta para que possa promover a unidade do povo.
José Mário Vaz está hoje na cidade de Buba, 227 quilómetros a sudoeste de Bissau, depois de pernoitar, na quinta-feira, em Bafatá e de já ter estado, no passado fim de semana, em Gabu, onde iniciou o contato com as populações para saber das suas realidades, disse.
O Presidente guineense tem estado em contato com as populações do interior do país e num discurso, na semana passada, em Gabu, no leste da Guiné-Bissau, pediu aos presentes num comício popular, que aplaudissem o atual chefe das Forças Armadas, general Biague Nan Tan.
José Mário Vaz considerou que se a Guiné-Bissau é hoje um país em paz «tal é graças a um bom desempenho» de Biague Nan Tan, que sublinhou ser um chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da sua inteira confiança.
«Pedir que se aplauda um chefe do Estado-Maior (das Forças Armadas) não é uma conversa de um chefe do Estado que quer apaziguar o povo do seu país», observou Jorge Gomes, que vê na ação «um discurso divisionista» do povo.
O líder das organizações da sociedade civil guineense ainda considerou de «incitação à violência» quando José Mário Vaz afirma que dantes o dinheiro que dava aos militares era desviado em parte.
Jorge Gomes defendeu que não compete ao Presidente da República dar dinheiro aos militares - para as suas necessidades nas casernas - mas sim ao Ministério das Finanças e ainda diz ser incompreensível quando José Mário Vaz afirma que o dinheiro era desviado.
Em Gabu, o Presidente guineense exemplificou, sem apontar responsáveis, que quando dava cinco milhões de francos (7.600 euros), apenas chegava aos quarteis, quinhentos mil francos CFA, quando entregava quatro milhões, os soldados apenas recebiam quatrocentos mil francos.
«Mas quem manda quinhentos mil francos CFA para um batalhão com 600 homens», questionou o líder das organizações da sociedade civil.
Jorge Gomes pede ao chefe do Estado que modere as suas intervenções nas suas declarações durante a sua Presidência Aberta para que possa promover a unidade do povo.
José Mário Vaz está hoje na cidade de Buba, 227 quilómetros a sudoeste de Bissau, depois de pernoitar, na quinta-feira, em Bafatá e de já ter estado, no passado fim de semana, em Gabu, onde iniciou o contato com as populações para saber das suas realidades, disse.
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