segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Agência de viagens Carrani Tours inaugura escritório em Bissau

A Agência de viagens Carrani Tours inaugurou o seu escritório em Bissau, numa cerimónia presidida pelo chefe do gabinete do ministro do Turismo e Artesanato.

Na ocasião, Bem Kassimo Cunha felicitou a administradora da Carrani Tours, Maria Carlota Barros, pela criação do novo espaço, sublinhando que o desafio que vai lançar aos operadores turísticos da Guiné-Bissau é no sentido de «não se limitarem à venda de bilhetes mas também começarem a elaborar pacotes turísticos, no sentido de trazer mais turistas ao país».

«Atualmente vendemos bilhetes de quase todas as companhias aéreas, até mesmo das que não operam na Guiné-Bissau», disse Maria Carlota Barros.

Governo pretende eliminar vistos para atrair turistas portugueses

Acabar com a necessidade do pagamento de vistos é uma medida que o Governo da Guiné-Bissau prepara a curto prazo para atrair turistas portugueses.

Segundo o Expresso, a decisão foi tomada na sequência da primeira visita de operadores turísticos portugueses à Guiné-Bissau, na semana passada, promovida pela transportadora Euroatlantic, e na qual participaram diversas agências de viagens, com vista à montagem de programas de férias já em 2017.

«Os portugueses são aqui muito bem-recebidos e vão sentir-se em casa», garantiu Fernando Vaz, ministro do Turismo e do Artesanato da Guiné-Bissau, aos operadores portugueses, frisando que «Portugal está quase em África, a menos de quatro horas de voo da Guiné».

«Queremos que Portugal seja um interlocutor nosso para outros países europeus, tal como foi para Cabo Verde», assinalou ainda Fernando Vaz.

A aposta concentra-se no arquipélago de Bijagós, um santuário natural com 88 ilhas.

Seleção empata (1-1) com Gabão na estreia no CAN

A Guiné-Bissau estreou-se este sábado no CAN-2017 com um empate a um golo diante da seleção anfitriã, o Gabão.

Aubameyang fez o 1-0 aos 53 minutos, mas aos 90+1 Juary Soares fez o empate para os guineenses.

Com este resultado, Gabão e Guiné-Bissau somam ambos 1 ponto no Grupo A. Camarões e Burkina Faso, as restantes duas equipas do grupo, jogam ainda hoje.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Organização denuncia construção de central elétrica na maior reserva de água doce

Uma organização não-governamental da Guiné-Bissau, a Tiniguena, denunciou hoje a existência de um projeto do Governo em mandar construir uma central elétrica no parque natural das Lagoas de Cufada, a maior reserva de água doce no país.

Miguel de Barros, secretário executivo da Tiniguena, disse que o projeto «já está a avançar» e que neste momento a empresa indiana já está a instalar os equipamentos dentro do parque, situação que tem sido denunciado pela população.

De acordo com o responsável, a construção da central, que serviria para abastecer de energia toda a zona sul da Guiné-Bissau, irá implicar a desmatação de 12 a 15 quilómetros da floresta circundante ao parque das lagoas de Cufada.

«Se o projeto avançar vai afetar a maior reserva de água doce da Guiné-Bissau e contaminar os lençóis freáticos da zona», precisou Miguel de Barros, responsável da ONG que atua na conservação da natureza e desenvolvimento comunitário.

O mais grave, disse, é que o projeto não realizou nenhum estudo de avaliação dos impactos ambiental, económico, ecológico e social, como manda a lei do país, mas pretende avançar, o que vai trazer deslocação de comunidades, ruido e problemas para a alimentação do gado bovino.

A pesca, principal atividade da população da zona, também sairá afetada, realçou ainda Miguel de Barros, que vê ainda a construção da central elétrica no parque das lagoas de Cufada como pretexto para a desmatação da floresta.

O diretor da Tiniguena denuncia ainda o facto de alguns populares que estão contra o projeto estarem a ser alvo de ameaças das autoridades e outros subornados para que digam, a troco de dinheiro, que a instalação da central elétrica é benéfica.

Mais de 400 pessoas em fuga da Gâmbia procuram refúgio no país

Mais de 400 refugiados, em fuga da Gâmbia, entraram na Guiné-Bissau entre os dias 6 e 9 deste mês, disse esta quarta-feira à Lusa o secretário-executivo da Comissão de Apoio aos Refugiados na Guiné-Bissau, Tibna Sambé Na Wana.

Os dados de que dispõe Tibna Sambé Na Wana foram fornecidos pelo escritório das Nações Unidas na localidade guineense de São Domingos a partir de registos feitos no posto fronteiriço de Djegue, que separa a Guiné-Bissau do Senegal.

Apesar de a Guiné-Bissau não fazer fronteira com a Gâmbia, Sambe Na Wana admite que pessoas vindas daquele país poderão estar a entrar no território guineense a partir de outras localidades.

A Gambia vive um período de tensão e de agitação política com o aproximar da data limite fixada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para avançar com uma intervenção militar para forçar o Presidente Yaya Jammeh a abandonar o poder.

Presidente da Gambia há 22 anos, Jammeh recusa-se a sair do poder na sequência de uma derrota eleitoral. Inicialmente reconheceu ter perdido as eleições mas dias depois voltou atrás com a sua posição.

A CEDEAO deu-lhe até dia 19 deste mês para sair do poder, caso contrário admite o uso da força.

Nos últimos há relatos nos órgãos de comunicação social guineenses da entrada em massa de pessoas, entre cidadãos da Guiné-Bissau residentes na Gâmbia e também de gambianos, a procurarem refugio em São Domingos, Canchungo, Ingoré, Bafatá, Gabu e Bissau.

O Governo guineense prepara um plano de contingência para acomodar os refugiados e o secretário executivo da comissão de apoio aos refugiados apela para que pessoas fugidas da Gâmbia se apresentarem junto das autoridades.