quarta-feira, 21 de março de 2018

Advogados denunciam práticas de corrupção no Ministério Público


O advogado e antigo ministro da Guiné-Bissau Fernando Gomes denunciou hoje alegados casos de corrupção praticados por magistrados do Ministério Público, acusando-os de pedirem dinheiro às pessoas detidas ilegalmente para serem postas em liberdade.
Fernando Gomes, que foi ministro do Interior e da Função Pública, lidera um coletivo de advogados guineenses que vão passar a denunciar e combater os casos de corrupção perpetrados por magistrados do Ministério Público.

O advogado lamentou que seja aquele órgão a violar os direitos dos cidadãos quando, perante a lei, devia ser o protetor dos guineenses.

«Alguns magistrados andam a deter cidadãos, sem quaisquer indícios de crime, metem-nos na cadeia e dias depois negociam a sua libertação a troco de dinheiro», acusou o advogado que citou um caso que disse ter ocorrido «estes dias».
«É uma espécie de associação criminosa», observou Fernando Gomes, fundador da Liga Guineense dos Direitos Humanos e antigo candidato à presidência do país.

Segundo Fernando Gomes, os magistrados aproveitam-se de qualquer «pequena confusão» entre os cidadãos para os meter na cadeia, sem qualquer culpa formal.

Fernando Gomes salientou que vários advogados têm referido a ocorrência de casos de corrupção praticados por magistrados do Ministério Público, mas que ninguém apresentou queixa e nenhum magistrado foi castigado.
Para mudar este cenário, Gomes vai liderar a associação que passará a fazer denúncias e instruir processos criminais.

«Temos a consciência dos riscos que estamos a correr, mas é o nosso trabalho», sublinhou o advogado que pede ao Procurador-Geral guineense, Bacari Biai, que inicie quanto antes uma limpeza no Ministério Público.
«O Procurador-geral da República devia começar a limpeza no Ministério Público porque de facto há corrupção», nesse órgão, destacou Fernando Gomes ao reagir ao anúncio de Bacari Biai de iniciar um «combate sério à corrupção» nos órgãos do Estado.

José Mário Vaz felicita Putin e manifesta vontade de reforçar cooperação

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, felicitou hoje a reeleição de Vladimir Putin para o quarto mandato enquanto chefe de Estado da Rússia e manifestou vontade de reforçar a cooperação existente entre os dois países.

Numa carta enviada a Vladimir Putin e divulgada à imprensa, José Mário Vaz manifesta as suas «calorosas felicitações».
«Estou certo que os vínculos de amizade e colaboração entre ambos os países se vão aprofundar ulteriormente, tanto no plano político e económico, como no quadro das Nações Unidas», salienta, na carta.

José Mário Vaz sublinha também a sua «total disponibilidade» para «reforçar e consolidar as relações de amizades e cooperação» existentes entre os dois países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, foi reeleito no domingo com 76,67% dos votos.

De acordo com os últimos dados da Comissão Eleitoral Central, Putin obteve o apoio de 56,1 milhões de cidadãos, mais 10,5 milhões que na eleição de 2012, quando regressou ao Kremlin após um mandato de quatro anos como primeiro-ministro.
Putin, 65 anos, venceu as suas primeiras eleições em março de 2000, três meses depois de receber o poder das mãos do primeiro Presidente eleito democraticamente na história da Rússia, Boris Ielstin.