sábado, 21 de maio de 2016

Veteranos da Luta de Libertação Nacional condenam demissão do governo



Os veteranos da Luta de Libertação Nacional condenaram, esta segunda-feira, a demissão do governo chefiado por Carlos Coreia, na semana passada.

Numa conferencia de imprensa em Bissau, os veteranos pediram ao chefe de Estado «a aceitação e consequente nomeação de quem for indicado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder) para chefiar o novo executivo».

O posicionamento dos veteranos foi tornado público na sequência de uma reunião do Conselho Consultivo dos Veteranos da Luta de Libertação Nacional, na qual se analisou a demissão do segundo governo constitucional do PAIGC .

E apelaram ainda a José Mário Vaz a «respeitar o que a Constituição diz quanto a indigitação do nome para o cargo de primeiro-ministro por parte do partido vencedor das últimas eleições legislativas, exortando «os atores políticos a encontrarem uma solução governativa no quadro parlamentar».

Presente na conferência de imprensa estive o ex-primeiro-ministro Carlos Correia. 

PAIGC admite dissolução do parlamento



Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, defendeu a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas como forma de o país sair da crise política que atravessa.

O PAIGC, em conjunto com outros cinco partidos, afirmou em comunicado que José Mário Vaz «está refém do grupo criado por ele próprio», movido por «interesses pessoais, impondo ao chefe de Estado a assinatura do decreto de demissão do governo e entrega do poder ao PRS e aos 15».

O parlamento guineense não funciona desde o passado mês de janeiro, quando um grupo de 15 deputados do PAIGC se revoltou contra a liderança do partido e se aliou à oposição (PRS) para tentar derrubar o governo.

Ministério Público averigua levantamento de 41 milhões de euros de contas do Estado

O Ministério Público da Guiné-Bissau anunciou, em comunicado, que está a averiguar o levantamento de 41 milhões de euros de contas do Estado.

«O Ministério Público vai continuar a desenvolver o seu trabalho para saber o destino dado ao dinheiro em causa e apurar eventuais responsabilidades criminais», pode ler-se no comunicado, que acrecenta que «foi ordenado o congelamento de várias contas do Estado» e ainda que o Ministério da Economia e Finanças é um dos «principais suspeitos» de corrupção na gestão de fundos públicos.