Mais de metade da Terra poderá ser um deserto em 2100
Estudo publicado esta segunda-feira na revista "Nature Climate Change". Uma outra investigação concluiu que vagas de calor extremas poderão pôr em causa a sobrevivência no Golfo Pérsico
Mais de metade do planeta poderá ser uma zona árida em 2100, se as emissões de gases poluentes continuarem ao ritmo atual. A conclusão é de um estudo da Universidade de Lanzhou, na China, publicado esta segunda-feira na revista científica "Nature Climate Change".
Segundo os investigadores, os países em vias de desenvolvimento serão os mais afetados, onde as chuvas são escassas e o calor leva à evaporação de água.
As alterações climáticas, o crescimento da população humana e a expansão das cidades são os fatores que mais contribuem para este cenário de desertificação.
A equipa de investigadores comparou os dados recolhidos entre 1948 e 2005 e concluiu que a maioria dos estudos desvaloriza esta desertificação.
Paralelamente, um outro estudo publicado na mesma revista, mas desta feita elaborado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), indica que o Golfo Pérsico, no Médio Oriente, que é considerado o coração da indústria petrolífera mundial, vai apresentar temperaturas que põem em causa a sobrevivência humana. Um cenário que se coloca perante a ausência de medidas que combatam a emissão de gases para a atmosfera.
As previsões apontam para que vagas de calor extremas afetem Abu Dhabi, Dubai, Doha e cidades costeiras no Irão, sendo também uma ameaça mortal para milhões de peregrinos Hajj na Arábia Saudita, já que o festival religioso acontece no verão.
O estudo mostra vagas de calor extremas, mais intensas do que todas as anteriores. Os investigadores pensam que esta situação possa vir a acontecer em 2070 e que os dias mais quentes de hoje passarão a ser considerados normais.
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