sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Federação de Futebol felicita Ronaldo pela conquista da quarta Bola de Ouro
A Federação de Futebol da Guiné-Bissau classifica como um orgulho para todos os países lusófonos» a escolha de Cristiano Ronaldo como o melhor jogador do ano (Bola de Ouro) pela revista francesa France Football.
Mama Saliu Baldé, vice-presidente da federação guineense para a formação e desenvolvimento do futebol, disse à agência Lusa que a eleição de Ronaldo «é também uma vitória da Guiné-Bissau e de toda a comunidade de falantes da língua portuguesa».
O dirigente federativo enalteceu o facto de o capitão da seleção guineense, Boucundji Cá, ter votado em Cristiano Ronaldo e de o selecionador, Baciro Candé, ter optado por indicar Fernando Santos como o melhor treinador do ano.
Saliu Baldé regozija-se ainda por Ronaldo, estrela maior do Real Madrid (Espanha), ter vencido o prémio instituído pela revista francesa pela quarta vez, sublinhando ser «um tónico para os amantes do futebol no espaço global lusófono».
«É, sem dúvida, uma recompensa merecida pelo trabalho que Ronaldo tem vindo a desenvolver ao longo dos anos», defendeu Saliu Baldé, antigo selecionador guineense.
Mama Saliu Baldé, vice-presidente da federação guineense para a formação e desenvolvimento do futebol, disse à agência Lusa que a eleição de Ronaldo «é também uma vitória da Guiné-Bissau e de toda a comunidade de falantes da língua portuguesa».
O dirigente federativo enalteceu o facto de o capitão da seleção guineense, Boucundji Cá, ter votado em Cristiano Ronaldo e de o selecionador, Baciro Candé, ter optado por indicar Fernando Santos como o melhor treinador do ano.
Saliu Baldé regozija-se ainda por Ronaldo, estrela maior do Real Madrid (Espanha), ter vencido o prémio instituído pela revista francesa pela quarta vez, sublinhando ser «um tónico para os amantes do futebol no espaço global lusófono».
«É, sem dúvida, uma recompensa merecida pelo trabalho que Ronaldo tem vindo a desenvolver ao longo dos anos», defendeu Saliu Baldé, antigo selecionador guineense.
PR dá posse ao novo governo e pede ao parlamento para retomar sessões regulares
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, apelou hoje ao parlamento do país para que retome as sessões regulares, por forma a viabilizar o novo governo liderado por Umaro Sissoco.
«Lanço um apelo à Assembleia Nacional Popular (ANP) para que, em nome dos superiores interesses da nação, retome as sessões regulares», referiu o chefe de Estado no único discurso da cerimónia em que tomou posse o novo governo.
Uma cerimónia em que o presidente da ANP, Cipriano Cassamá, não participou, nem se fez representar.
A comissão permanente da assembleia decidiu a 25 de novembro não reiniciar as sessões enquanto estivesse por cumprir o acordo de Conacri, considerando que durante as negociações entre dirigentes políticos guineenses, realizadas em outubro, Umaro Sissoco não reuniu consenso para liderar o novo governo.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições de 2014, tem nove dos 15 membros da comissão permanente da ANP e diz estar a ser afastado do poder por um governo de iniciativa presidencial que contraria a Constituição.
A leitura de José Mário Vaz é diferente e o Presidente da República classificou hoje o novo governo como "inclusivo" considerando estar a ser cumprido o acordo de Conacri.
Da equipa fazem parte figuras do PAIGC que, tal como o próprio José Mário Vaz, não alinham com a direção do partido: são os casos de casos Malal Sané, ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Botche Candé, ministro do Interior, e de Aristides Ocante da Silva, ministro dos antigos Combatentes.
De resto, o governo de Umaro Sissoco Embaló conta, no essencial, com o grosso dos elementos do executivo de Baciro Djá, demitido a 15 de novembro, com figuras do Partido da Renovação Social (PRS, segundo maior partido) e às quais José Mário Vaz já tinha dado posse em junho refletindo uma nova maioria no parlamento, formada pelo PRS e deputados dissidentes do PAIGC.
«Basta de crises resultantes de agendas políticas pessoais e partidárias. São tais agendas alinhadas com interesses externos que não deixam o país avançar», referiu hoje o chefe de Estado.
A terminar, José Mário Vaz exprimiu total confiança na nova equipa.
«Estou feliz porque hoje vou dormir descansadíssimo, porque eu sei que a terra está entregue em boas mãos, está entregue aos seus melhores filhos», concluiu.
Lista de membros do novo governo da Guiné-Bissau:
Umaro Sissoco Embaló, Primeiro-ministro
- Ministros:
Florentino Mendes Pereira, ministro de Estado da Energia e Indústria;
Botche Candé, ministro de Estado e do Interior;
Aristides Ocante da Silva, ministro de Estado, dos Combatentes da Liberdade da Pátria e Reinserção Social;
Malal Sane, ministro de Estado, da Presidência do Conselho de ministros e dos Assuntos Parlamentares;
João Fadia, ministro de Estado da Economia e Finanças;
Jorge Malu, ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades;
Eduardo Costa Sanha, ministro da Defesa Nacional;
Rui Sanha, ministro da Justiça;
Victor Mandinga, ministro Comércio e Promoção Empresarial;
Marciano Barbeiro, ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo;
Sola Nquilim Nabichita, ministro da Administração Territorial;
Barros Bacar Banjai, ministro dos Recursos Naturais;
Fernando Vaz, ministro do Turismo e Artesanato;
Tumane Balde, ministro da Função Pública, Reforma Administrativa e Trabalho;
Victor Gomes Pereira, ministro de Comunicação Social;
Sandji Fati, ministro da Educação e do Ensino Superior;
Carlitos Barai, ministro da Saúde Pública;
Nicolau dos Santos, ministro da Agricultura, Floresta e Pecuária;
Fidelis Forbs, ministro dos Transportes e Comunicações;
Orlando Viegas, ministro das Pescas;
Carlos Alberto Kenedy de Barros, ministro da Mulher, Família e Solidariedade Social;
Tomás Gomes Barbosa, ministro da Cultura e Desporto;
Doménico Oliveira Sanca, ministro da Juventude e Emprego:
António Sirifo Embalo, ministro do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
- Secretários e secretárias de Estado:
Francisco Djatá, secretário de Estado da Ordem Pública;
Felicidade Abelha, secretária do Estado do Tesouro;
José Adelino Vieira, secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais;
José Biai, secretário de Estado do Plano e Integração Regional;
Marcelino Cabral, secretário de Estado da Reforma Administrativa;
Augusto Poquena, secretário de Estado da Cooperação Internacional;
Dino Seidi, secretário de Estado das Comunidades;
Humiliano Alves Cardoso, secretário de Estado do Poder Local;
Maria lnácia Có, secretária de Estado da Administração Hospitalar;
Elizabete Yala, secretária de Estado do Ensino Superior e da Investigação Científica;
Maria Evarista de Sousa, secretária de Estado das Florestas e Pecuária;
lracema do Rosário, secretária de Estado do Ensino Básico, Secundário e Profissionalizante;
Bernardo Braima Mané, secretário de Estado do Ordenamento do Território.
«Lanço um apelo à Assembleia Nacional Popular (ANP) para que, em nome dos superiores interesses da nação, retome as sessões regulares», referiu o chefe de Estado no único discurso da cerimónia em que tomou posse o novo governo.
Uma cerimónia em que o presidente da ANP, Cipriano Cassamá, não participou, nem se fez representar.
A comissão permanente da assembleia decidiu a 25 de novembro não reiniciar as sessões enquanto estivesse por cumprir o acordo de Conacri, considerando que durante as negociações entre dirigentes políticos guineenses, realizadas em outubro, Umaro Sissoco não reuniu consenso para liderar o novo governo.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições de 2014, tem nove dos 15 membros da comissão permanente da ANP e diz estar a ser afastado do poder por um governo de iniciativa presidencial que contraria a Constituição.
A leitura de José Mário Vaz é diferente e o Presidente da República classificou hoje o novo governo como "inclusivo" considerando estar a ser cumprido o acordo de Conacri.
Da equipa fazem parte figuras do PAIGC que, tal como o próprio José Mário Vaz, não alinham com a direção do partido: são os casos de casos Malal Sané, ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Botche Candé, ministro do Interior, e de Aristides Ocante da Silva, ministro dos antigos Combatentes.
De resto, o governo de Umaro Sissoco Embaló conta, no essencial, com o grosso dos elementos do executivo de Baciro Djá, demitido a 15 de novembro, com figuras do Partido da Renovação Social (PRS, segundo maior partido) e às quais José Mário Vaz já tinha dado posse em junho refletindo uma nova maioria no parlamento, formada pelo PRS e deputados dissidentes do PAIGC.
«Basta de crises resultantes de agendas políticas pessoais e partidárias. São tais agendas alinhadas com interesses externos que não deixam o país avançar», referiu hoje o chefe de Estado.
A terminar, José Mário Vaz exprimiu total confiança na nova equipa.
«Estou feliz porque hoje vou dormir descansadíssimo, porque eu sei que a terra está entregue em boas mãos, está entregue aos seus melhores filhos», concluiu.
Lista de membros do novo governo da Guiné-Bissau:
Umaro Sissoco Embaló, Primeiro-ministro
- Ministros:
Florentino Mendes Pereira, ministro de Estado da Energia e Indústria;
Botche Candé, ministro de Estado e do Interior;
Aristides Ocante da Silva, ministro de Estado, dos Combatentes da Liberdade da Pátria e Reinserção Social;
Malal Sane, ministro de Estado, da Presidência do Conselho de ministros e dos Assuntos Parlamentares;
João Fadia, ministro de Estado da Economia e Finanças;
Jorge Malu, ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades;
Eduardo Costa Sanha, ministro da Defesa Nacional;
Rui Sanha, ministro da Justiça;
Victor Mandinga, ministro Comércio e Promoção Empresarial;
Marciano Barbeiro, ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo;
Sola Nquilim Nabichita, ministro da Administração Territorial;
Barros Bacar Banjai, ministro dos Recursos Naturais;
Fernando Vaz, ministro do Turismo e Artesanato;
Tumane Balde, ministro da Função Pública, Reforma Administrativa e Trabalho;
Victor Gomes Pereira, ministro de Comunicação Social;
Sandji Fati, ministro da Educação e do Ensino Superior;
Carlitos Barai, ministro da Saúde Pública;
Nicolau dos Santos, ministro da Agricultura, Floresta e Pecuária;
Fidelis Forbs, ministro dos Transportes e Comunicações;
Orlando Viegas, ministro das Pescas;
Carlos Alberto Kenedy de Barros, ministro da Mulher, Família e Solidariedade Social;
Tomás Gomes Barbosa, ministro da Cultura e Desporto;
Doménico Oliveira Sanca, ministro da Juventude e Emprego:
António Sirifo Embalo, ministro do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
- Secretários e secretárias de Estado:
Francisco Djatá, secretário de Estado da Ordem Pública;
Felicidade Abelha, secretária do Estado do Tesouro;
José Adelino Vieira, secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais;
José Biai, secretário de Estado do Plano e Integração Regional;
Marcelino Cabral, secretário de Estado da Reforma Administrativa;
Augusto Poquena, secretário de Estado da Cooperação Internacional;
Dino Seidi, secretário de Estado das Comunidades;
Humiliano Alves Cardoso, secretário de Estado do Poder Local;
Maria lnácia Có, secretária de Estado da Administração Hospitalar;
Elizabete Yala, secretária de Estado do Ensino Superior e da Investigação Científica;
Maria Evarista de Sousa, secretária de Estado das Florestas e Pecuária;
lracema do Rosário, secretária de Estado do Ensino Básico, Secundário e Profissionalizante;
Bernardo Braima Mané, secretário de Estado do Ordenamento do Território.
Cinquenta e nove pessoas perderam a vida nas estradas entre junho e novembro
Cinquenta e nove pessoas perderam a vida nas estradas, na sequência de 364 acidentes de viação entre junho e novembro, revelou a Rádio Galáxia de Pindjiguiti, que cita dados da Brigada Nacional da Polícia de Transito.
De acordo com a emissora, «dos 364 acidentes registados, 74 foram considerados graves e 107 ligeiros, sendo as regiões de Oio e Cacheu as que mais acidentes registaram».
A Comandante da Brigada Nacional da Polícia de Transito, Elizabete Baticã Ferreira, explicou que «a persistência de acidentes de viação nas estradas nacionais é consequência direta, sobretudo, da negligência por parte de condutores, devido ao excesso de velocidade e à condução sob efeito do álcool».
De acordo com a emissora, «dos 364 acidentes registados, 74 foram considerados graves e 107 ligeiros, sendo as regiões de Oio e Cacheu as que mais acidentes registaram».
A Comandante da Brigada Nacional da Polícia de Transito, Elizabete Baticã Ferreira, explicou que «a persistência de acidentes de viação nas estradas nacionais é consequência direta, sobretudo, da negligência por parte de condutores, devido ao excesso de velocidade e à condução sob efeito do álcool».
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
Novo PM da Guiné-Bissau tenta convencer partidos a participarem no Governo
O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse que vai fazer tudo para convencer os partidos a participarem no seu Governo, mas caso não seja possível irá avançar com a nova equipa governamental nos próximos dias.
Três das cinco formações políticas que compõem o parlamento da Guiné-Bissau, Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD) e União para Mudança (UM), recusam-se a fazer parte do Governo, que pretende ser de inclusão para tirar o país da crise política em que se encontra há 15 meses.
Os três partidos não concordaram com o nome de Sissoco Embaló, um general na reserva de 44 anos, proposto pelo chefe do Estado guineense, José Mário Vaz, como primeiro-ministro.
De regresso de uma viagem de algumas horas à Libéria na terça-feira, o primeiro-ministro guineense disse ter sido aconselhado pela líder liberiana, Ellen Johnson, a convencer os demais partidos a integrarem o seu Governo.
Johnson é a atual presidente em exercício da conferência de chefes de Estado da Comunidade de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), que tem tentado levar os líderes políticos guineenses a um entendimento para acabar com a crise no país.
O novo primeiro-ministro guineense afirmou ter tido uma conversa de mais de duas horas com a presidente da Libéria e a partir de hoje irá pôr em prática os conselhos que recebeu no sentido de tentar convencer sobretudo o PAIGC a integrar o Governo.
O PAIGC é o vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau mas tem estado arredado do poder em decorrência de um crise interna e de desentendimentos com o chefe do Estado.
Em declarações aos jornalistas que acompanharam o primeiro-ministro guineense, Ellen Johnson, exortou Umaro Sissoco Embaló no sentido de envolver o chamado P5, espaço de concertação entre os representantes da ONU, União Europeia, União Africana, Comunidade de Países de Língua Portuguesa e CEDEAO, em Bissau, na busca de diálogo com o PAIGC.
Sissoco Embaló prometeu acatar o conselho mas avisou que irá avançar com a sua equipa governamental caso persistir a recusa do PAIGC em integrar o novo executivo.
Três das cinco formações políticas que compõem o parlamento da Guiné-Bissau, Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD) e União para Mudança (UM), recusam-se a fazer parte do Governo, que pretende ser de inclusão para tirar o país da crise política em que se encontra há 15 meses.
Os três partidos não concordaram com o nome de Sissoco Embaló, um general na reserva de 44 anos, proposto pelo chefe do Estado guineense, José Mário Vaz, como primeiro-ministro.
De regresso de uma viagem de algumas horas à Libéria na terça-feira, o primeiro-ministro guineense disse ter sido aconselhado pela líder liberiana, Ellen Johnson, a convencer os demais partidos a integrarem o seu Governo.
Johnson é a atual presidente em exercício da conferência de chefes de Estado da Comunidade de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), que tem tentado levar os líderes políticos guineenses a um entendimento para acabar com a crise no país.
O novo primeiro-ministro guineense afirmou ter tido uma conversa de mais de duas horas com a presidente da Libéria e a partir de hoje irá pôr em prática os conselhos que recebeu no sentido de tentar convencer sobretudo o PAIGC a integrar o Governo.
O PAIGC é o vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau mas tem estado arredado do poder em decorrência de um crise interna e de desentendimentos com o chefe do Estado.
Em declarações aos jornalistas que acompanharam o primeiro-ministro guineense, Ellen Johnson, exortou Umaro Sissoco Embaló no sentido de envolver o chamado P5, espaço de concertação entre os representantes da ONU, União Europeia, União Africana, Comunidade de Países de Língua Portuguesa e CEDEAO, em Bissau, na busca de diálogo com o PAIGC.
Sissoco Embaló prometeu acatar o conselho mas avisou que irá avançar com a sua equipa governamental caso persistir a recusa do PAIGC em integrar o novo executivo.
Baciro Candé divulga lista de 35 pré-convocados para CAN-2017
O selecionador da Guiné-Bissau, Baciro Candé, divulgou esta terça-feira os nomes dos 35 jogadores pré-convocados para a fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN-2017), competição que vai decorrer no Gabão, entre 14 de janeiro e 5 de fevereiro de 2017.
Segundo o site O Golo-GB, na lista constam três guarda-redes, nove defesas, sete médios e 16 avançados.
Lista completa:
Guarda-redes: Jonas Mendes (Salgueiros/Portugal), Edouard Mendy (Stade de Reims /França) e Papa Fall (Costa Dulce/Espanha)
Defesas: Emmanuel Mendy (FC Ceahlaul/Roménia), Mama Baldé (Sporting B/Portugal), Eliseu Cassamá (Rio Ave/Portugal), Rudinilson Silva (Lechia Gdansk/Polónia), Juary (Mafra/Portugal), Formose Mendy (Redstar 93/França), Eridson Umpeça (Freamunde/Portugal), Agostinho Soares (Covilhã/Portugal) e Mamadu Candé (Tondela/Portugal)
Médios: Nani Soares (Felgueiras/Portugal), Bocundji Cá (Paris FC/França), José Lopes(Levadiakos/Grécia), Pelé (Benfica B/Portugal), Francisco Júnior (Stromsgodset/Noruega), Jean Paul Mendy (US Quevilly-Rouen/França) e Sene Dabo (Operário Lagoa/Portugal)
Avançados: Idrissa Camará (Avellino/Itália), Zé Turbo (Tondela/Portugal), Piqueti (SC Braga B/Portugal), Toni Silva (Levadiakos/Grécia), Yazalde (Rio Ave/Portugal), Sami (Akhisar/Turquia), Aldair Baldé (Olhanense/Portugal), Abel Camará (Belenenses/Portugal), Frédéric Mendy (Ulsan Hyundai/ Correia do Sul), Cícero (Paços de Ferreira/Portugal), Bruno Pereira (US Colomiers/França), Gutwaldo Almada (Real Massamá/Portugal), João Mário (Chaves/Portugal), Edelino Ié (SC Braga B/Portugal), Buomesca Bangna (AEL Limassol/Chipre) e Lassana Camará (Académico de Viseu/Portugal)
A Guiné-Bissau abre a fase final do CAN-2017 a 14 de janeiro, defrontando, precisamente, o país anfitrião, naquela que será a primeira participação na mais importante competição de futebol em Àfrica.
Os Djurtus integram o grupo A, com os Camarões, Burkina-Faso e Gabão.
Segundo o site O Golo-GB, na lista constam três guarda-redes, nove defesas, sete médios e 16 avançados.
Lista completa:
Guarda-redes: Jonas Mendes (Salgueiros/Portugal), Edouard Mendy (Stade de Reims /França) e Papa Fall (Costa Dulce/Espanha)
Defesas: Emmanuel Mendy (FC Ceahlaul/Roménia), Mama Baldé (Sporting B/Portugal), Eliseu Cassamá (Rio Ave/Portugal), Rudinilson Silva (Lechia Gdansk/Polónia), Juary (Mafra/Portugal), Formose Mendy (Redstar 93/França), Eridson Umpeça (Freamunde/Portugal), Agostinho Soares (Covilhã/Portugal) e Mamadu Candé (Tondela/Portugal)
Médios: Nani Soares (Felgueiras/Portugal), Bocundji Cá (Paris FC/França), José Lopes(Levadiakos/Grécia), Pelé (Benfica B/Portugal), Francisco Júnior (Stromsgodset/Noruega), Jean Paul Mendy (US Quevilly-Rouen/França) e Sene Dabo (Operário Lagoa/Portugal)
Avançados: Idrissa Camará (Avellino/Itália), Zé Turbo (Tondela/Portugal), Piqueti (SC Braga B/Portugal), Toni Silva (Levadiakos/Grécia), Yazalde (Rio Ave/Portugal), Sami (Akhisar/Turquia), Aldair Baldé (Olhanense/Portugal), Abel Camará (Belenenses/Portugal), Frédéric Mendy (Ulsan Hyundai/ Correia do Sul), Cícero (Paços de Ferreira/Portugal), Bruno Pereira (US Colomiers/França), Gutwaldo Almada (Real Massamá/Portugal), João Mário (Chaves/Portugal), Edelino Ié (SC Braga B/Portugal), Buomesca Bangna (AEL Limassol/Chipre) e Lassana Camará (Académico de Viseu/Portugal)
A Guiné-Bissau abre a fase final do CAN-2017 a 14 de janeiro, defrontando, precisamente, o país anfitrião, naquela que será a primeira participação na mais importante competição de futebol em Àfrica.
Os Djurtus integram o grupo A, com os Camarões, Burkina-Faso e Gabão.
Movimento de cidadãos pede que Presidente José Mário Vaz renuncie
O líder do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), Sana Canté, voltou hoje a defender a renúncia do Presidente José Mário Vaz.
A organização entende que o chefe de Estado «é o principal responsável pelo impasse político que o país atravessa há quase ano e meio».
Sana Canté, advogado formado pela Faculdade de Direito de Bissau, voltou a defender a renúncia, ao anunciar a apresentação de queixa contra o Estado guineense junto do tribunal da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
A queixa «é fundamentada com alegados abusos dos direitos cívicos de cidadãos guineenses por parte das autoridades», disse Canté, que recorda que elementos do MCCI foram agredidos com gás lacrimogéneo.
As agressões aconteceram durante uma manifestação, em Bissau, em novembro, «enquanto outras ações de rua têm sido reprimidas pelas autoridades», acrescentou.
Canté anunciou ainda que a MCCI vai ter um encontro de trabalho com elementos das Nações Unidas (ONU), em Bissau, já nesta quarta-feira.
«Vamos reafirmar a nossa posição de que o Presidente da República tem de renunciar às suas funções, porque revelou ser incapaz de pôr fim
à crise que criou e continua a alimentar», finalizou Sana Canté.
A organização entende que o chefe de Estado «é o principal responsável pelo impasse político que o país atravessa há quase ano e meio».
Sana Canté, advogado formado pela Faculdade de Direito de Bissau, voltou a defender a renúncia, ao anunciar a apresentação de queixa contra o Estado guineense junto do tribunal da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
A queixa «é fundamentada com alegados abusos dos direitos cívicos de cidadãos guineenses por parte das autoridades», disse Canté, que recorda que elementos do MCCI foram agredidos com gás lacrimogéneo.
As agressões aconteceram durante uma manifestação, em Bissau, em novembro, «enquanto outras ações de rua têm sido reprimidas pelas autoridades», acrescentou.
Canté anunciou ainda que a MCCI vai ter um encontro de trabalho com elementos das Nações Unidas (ONU), em Bissau, já nesta quarta-feira.
«Vamos reafirmar a nossa posição de que o Presidente da República tem de renunciar às suas funções, porque revelou ser incapaz de pôr fim
à crise que criou e continua a alimentar», finalizou Sana Canté.
Fórum Nacional de Justiça da Guiné-Bissau debate riscos do radicalismo
A prevenção do radicalismo vai ser um dos temas em foco nos três dias de debates do Fórum Nacional de Justiça da Guiné-Bissau, que decorre a partir de hoje e até sexta-feira na sede do Governo na capital do país.
«As sessões a serem ministradas durante o fórum dedicam-se sobretudo à justiça criminal, à prevenção do radicalismo, à justiça militar e à reforma penitenciária, bem como à avaliação do Documento Estratégico sobre o Sector Penitenciário (2016-2020)», anunciou a organização, a cargo das Nações Unidas e do governo.
Apesar de já ter havido várias tentativas para reformar o setor na última década, nenhuma resultou devido à instabilidade política no país.
Só no último ano e meio o país já conheceu quatro governos, aguardando-se a nomeação de um quinto executivo.
Numa avaliação feita em outubro de 2015, a ONU concluiu que a Justiça na Guiné-Bissau «não chega às pessoas» e que o setor está numa situação «grave».
A Resolução 2267 do Conselho de Segurança, que rege o mandato do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, estabelece a justiça criminal como um dos domínios prioritários para a consecução da estabilidade política e da paz duradoura.
Neste quadro, o Fórum Nacional de Justiça junta os profissionais do setor, especialistas e principais parceiros internacionais.
«As sessões a serem ministradas durante o fórum dedicam-se sobretudo à justiça criminal, à prevenção do radicalismo, à justiça militar e à reforma penitenciária, bem como à avaliação do Documento Estratégico sobre o Sector Penitenciário (2016-2020)», anunciou a organização, a cargo das Nações Unidas e do governo.
Apesar de já ter havido várias tentativas para reformar o setor na última década, nenhuma resultou devido à instabilidade política no país.
Só no último ano e meio o país já conheceu quatro governos, aguardando-se a nomeação de um quinto executivo.
Numa avaliação feita em outubro de 2015, a ONU concluiu que a Justiça na Guiné-Bissau «não chega às pessoas» e que o setor está numa situação «grave».
A Resolução 2267 do Conselho de Segurança, que rege o mandato do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, estabelece a justiça criminal como um dos domínios prioritários para a consecução da estabilidade política e da paz duradoura.
Neste quadro, o Fórum Nacional de Justiça junta os profissionais do setor, especialistas e principais parceiros internacionais.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Feridos da tragédia da Chapecoense livres de perigo
Os sobreviventes do desastre aéreo na Colômbia que tirou a vida a 71 pessoas, incluindo grande parte da equipa da Chapecoense e o seu treinador, não correm risco de morte.
A garantia foi dada esta quinta-feira, por Carlos Henrique Mendonça, médico do clube brasileiro, em conferência de imprensa.
«O estado de maior gravidade é do guarda-redes Follmann, mas todos estão estáveis e neste momento nenhum corre risco de morte», assegurou o médico.
Relativamente à situação de Follmann, que teve parte da perna direita amputada, Carlos Henrique Mendonça diz que a equipa médica está a trabalhar no sentido de controlar a lesão que teve na outra perna e que a sua família já se encontra a caminho da Colômbia.
Esta manhã foi concluída a identificação dos corpos das vítimas mortais e grande parte destes serão transportados para Chapecó.
A garantia foi dada esta quinta-feira, por Carlos Henrique Mendonça, médico do clube brasileiro, em conferência de imprensa.
«O estado de maior gravidade é do guarda-redes Follmann, mas todos estão estáveis e neste momento nenhum corre risco de morte», assegurou o médico.
Relativamente à situação de Follmann, que teve parte da perna direita amputada, Carlos Henrique Mendonça diz que a equipa médica está a trabalhar no sentido de controlar a lesão que teve na outra perna e que a sua família já se encontra a caminho da Colômbia.
Esta manhã foi concluída a identificação dos corpos das vítimas mortais e grande parte destes serão transportados para Chapecó.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Ex-chefe do Estado-Maior da Armada pode ser condenado à prisão perpétua nos EUA
Bubo Na Tchuto, ex-chefe do Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau, que confessou os crimes de tráfico de droga em maio de 2014, pediu um novo advogado no tribunal de Nova Iorque, onde o seu processo decorre, e pode ser condenado à pena de prisão perpétua.
Segundo fonte do tribunal, o novo caudisico, que substitui Sabrina Shroff, já foi nomeado, chama-se Patrick James Joice e vai estar presente na próxima audição, marcada para 13 de junho.
Bubo Na Tchuto foi capturado, em abril de 2013, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga dos EUA, numa operação antidroga, juntamente com outros três homens, e confessou os crimes no ano seguinte.
Ao contrário destes outros homens, que receberam as respetivas sentenças meses depois, Na Tchuto ainda não foi sentenciado e o seu caso está selado no tribunal onde decorre.
Segundo a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares (cerca de 900 mil euros) por cada tonelada de cocaína da América do Sul que chegava à Guiné-Bissau.
Segundo fonte do tribunal, o novo caudisico, que substitui Sabrina Shroff, já foi nomeado, chama-se Patrick James Joice e vai estar presente na próxima audição, marcada para 13 de junho.
Bubo Na Tchuto foi capturado, em abril de 2013, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga dos EUA, numa operação antidroga, juntamente com outros três homens, e confessou os crimes no ano seguinte.
Ao contrário destes outros homens, que receberam as respetivas sentenças meses depois, Na Tchuto ainda não foi sentenciado e o seu caso está selado no tribunal onde decorre.
Segundo a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares (cerca de 900 mil euros) por cada tonelada de cocaína da América do Sul que chegava à Guiné-Bissau.
Ministério da Saúde lança campanha de vacinação contra a Meningite
O Ministério da Saúde Pública, em parceria com a OMS e a UNICEF, vai lançar, brevemente, na Guiné-Bissau, uma campanha gratuita de vacinação contra a Meningite ‘A’ destinada a pessoas do 1 aos 29 anos, incluindo as mulheres grávidas.
Neste sentido, as referidas identidades pediram a colaboração dos órgãos de comunicação social para a divulgação da campanha de sensibilização sobre a importância da vacinação, sobretudo para as crianças.
As autoridades sanitárias anunciaram também que será igualmente realizada a desparasitação com Vitamina A em crianças dos 6 aos 59 meses e com Mebendazol para as crianças entre os 12 e os 59 meses.
De acordo com Sido Bai, responsável para a área da vacinação da OMS, a campanha visa contribuir para a eliminação das epidemias da meningite ‘A’ como problema de saúde pública no país, estando previsto que a campanha atinja 70 por cento da população das onze regiões abrangidas durante este ano.
Citado pela ANG Notícias, Sido Biai explicou que as razões da realização da campanha devem-se ao facto de a Guiné-Bissau fazer fronteira com os países africanos da cintura de meningite, caracterizada por fatores que favorecem a ocorrência de epidemias, tais como viagens e grandes movimentação de populações, assim como más condições de vida.
Neste sentido, as referidas identidades pediram a colaboração dos órgãos de comunicação social para a divulgação da campanha de sensibilização sobre a importância da vacinação, sobretudo para as crianças.
As autoridades sanitárias anunciaram também que será igualmente realizada a desparasitação com Vitamina A em crianças dos 6 aos 59 meses e com Mebendazol para as crianças entre os 12 e os 59 meses.
De acordo com Sido Bai, responsável para a área da vacinação da OMS, a campanha visa contribuir para a eliminação das epidemias da meningite ‘A’ como problema de saúde pública no país, estando previsto que a campanha atinja 70 por cento da população das onze regiões abrangidas durante este ano.
Citado pela ANG Notícias, Sido Biai explicou que as razões da realização da campanha devem-se ao facto de a Guiné-Bissau fazer fronteira com os países africanos da cintura de meningite, caracterizada por fatores que favorecem a ocorrência de epidemias, tais como viagens e grandes movimentação de populações, assim como más condições de vida.
sábado, 21 de maio de 2016
Veteranos da Luta de Libertação Nacional condenam demissão do governo
Os veteranos da Luta de Libertação Nacional condenaram, esta segunda-feira, a demissão do governo chefiado por Carlos Coreia, na semana passada.
Numa conferencia de imprensa em Bissau, os veteranos pediram ao chefe de Estado «a aceitação e consequente nomeação de quem for indicado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder) para chefiar o novo executivo».
O posicionamento dos veteranos foi tornado público na sequência de uma reunião do Conselho Consultivo dos Veteranos da Luta de Libertação Nacional, na qual se analisou a demissão do segundo governo constitucional do PAIGC .
E apelaram ainda a José Mário Vaz a «respeitar o que a Constituição diz quanto a indigitação do nome para o cargo de primeiro-ministro por parte do partido vencedor das últimas eleições legislativas, exortando «os atores políticos a encontrarem uma solução governativa no quadro parlamentar».
Presente na conferência de imprensa estive o ex-primeiro-ministro Carlos Correia.
Numa conferencia de imprensa em Bissau, os veteranos pediram ao chefe de Estado «a aceitação e consequente nomeação de quem for indicado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder) para chefiar o novo executivo».
O posicionamento dos veteranos foi tornado público na sequência de uma reunião do Conselho Consultivo dos Veteranos da Luta de Libertação Nacional, na qual se analisou a demissão do segundo governo constitucional do PAIGC .
E apelaram ainda a José Mário Vaz a «respeitar o que a Constituição diz quanto a indigitação do nome para o cargo de primeiro-ministro por parte do partido vencedor das últimas eleições legislativas, exortando «os atores políticos a encontrarem uma solução governativa no quadro parlamentar».
Presente na conferência de imprensa estive o ex-primeiro-ministro Carlos Correia.
PAIGC admite dissolução do parlamento
Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, defendeu a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas como forma de o país sair da crise política que atravessa.
O PAIGC, em conjunto com outros cinco partidos, afirmou em comunicado que José Mário Vaz «está refém do grupo criado por ele próprio», movido por «interesses pessoais, impondo ao chefe de Estado a assinatura do decreto de demissão do governo e entrega do poder ao PRS e aos 15».
O parlamento guineense não funciona desde o passado mês de janeiro, quando um grupo de 15 deputados do PAIGC se revoltou contra a liderança do partido e se aliou à oposição (PRS) para tentar derrubar o governo.
O PAIGC, em conjunto com outros cinco partidos, afirmou em comunicado que José Mário Vaz «está refém do grupo criado por ele próprio», movido por «interesses pessoais, impondo ao chefe de Estado a assinatura do decreto de demissão do governo e entrega do poder ao PRS e aos 15».
O parlamento guineense não funciona desde o passado mês de janeiro, quando um grupo de 15 deputados do PAIGC se revoltou contra a liderança do partido e se aliou à oposição (PRS) para tentar derrubar o governo.
Ministério Público averigua levantamento de 41 milhões de euros de contas do Estado
O Ministério Público da Guiné-Bissau anunciou, em comunicado, que está a averiguar o levantamento de 41 milhões de euros de contas do Estado.
«O Ministério Público vai continuar a desenvolver o seu trabalho para saber o destino dado ao dinheiro em causa e apurar eventuais responsabilidades criminais», pode ler-se no comunicado, que acrecenta que «foi ordenado o congelamento de várias contas do Estado» e ainda que o Ministério da Economia e Finanças é um dos «principais suspeitos» de corrupção na gestão de fundos públicos.
«O Ministério Público vai continuar a desenvolver o seu trabalho para saber o destino dado ao dinheiro em causa e apurar eventuais responsabilidades criminais», pode ler-se no comunicado, que acrecenta que «foi ordenado o congelamento de várias contas do Estado» e ainda que o Ministério da Economia e Finanças é um dos «principais suspeitos» de corrupção na gestão de fundos públicos.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia mortes inadmissíveis e evitáveis
Organização pede diálogo para acabar com a greve dos profissionais da saúde e da educação.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) pediu nesta quinta-feira, 28, ao Governo e aos sindicatos do sector da saúde a que cheguem a um entendimento de modo a terminar a greve em curso que tem provocado mortes inadmissíveis e evitáveis.
"Nos últimos dias foram registadas mais de uma dezena de mortes inadmissíveis e evitáveis nos hospitais nacionais, causas directas da greve no sector da saúde", diz um comunicado da LGDH enviada às redacções.
Com base em denúncias que chegaram à organização, a LGDH classifica a situação de “grave” e diz que ela se deve essencialmente “à instabilidade política prevalecente no país, que tem provocado disfuncionamento das instituições públicas, com maior impacto para os sectores já estruturalmente deficitários".
A Liga também denúncia a greve dos professores, por falta de acordo com o Executivo, que coloca em risco o ano lectivo em curso.
Aquela organização pede ao Executivo e aos sindicatos que elejam o “diálogo, a moderação, a contenção e a cedência, como instrumentos indispensáveis para salvar o ano lectivo em causa e poupar a vida dos cidadãos".
Chacina em Cabo Verde revela fragilidades das Forças Armadas
Veja Comentários
O massacre que deixou 11 pessoas mortas nesta terça-feira, 26, no destacamento militar de Monte Tchota, a 45 quilómetros da capital de Cabo Verde, continua a levantar muitas questões.
Apesar de o Governo descartar qualquer ligação do ataque protagonizado por um soldado ao narcotráfico, mas sim a motivações pessoais, pergunta-se como foi possível a um único soldado, com cerca de um ano no exército, ter assassinado, num local de alta segurança, oito colegas e três civis.
Além disso, as forças de segurança apenas se deram conta do massacre quase 24 horas depois, quando um funcionário do hotel onde estavam hospedados os dois espanhóis foi ao local à procura dele.
Manuel António da Silva Ribeiro, suspeito do massacre, roubou uma grande munição de armas e foi preso no início da tarde desta quarta-feira, 27, depois de ter feito refém um taxista.
Um irmão do soldado disse que ele é uma pessoa tranquila e que não aparentava nenhum sinal de perturbação psicológica (mental), daí estranhar a atitude do militar supostamente autor do crime que agitou o país.
Este dramático caso e outros como roubo de armas e munições que aconteceram nos quarteis nos últimos tempos demonstram fragilidades no funcionamento das Forças Armadas do país.
Mudanças de fundo
A leitura é feita pelo capitão na reforma e actual jornalista do A Nação, Daniel Almeida, que advoga medidas de fundo na estrutura militar do arquipélago.
Almeida defende a realização de “testes psicológicos aos soldados principalmente em voluntários”, como é o caso de Manuel Ribeiro, cujo pai, de acordo com a mesma fonte, “teria suicidado”.
O capitão na reforma lembrou também que “desde 1991 as Forças Armadas começaram a perder o rigor do tempo do partido único, depois que dirigentes do MpD questionaram na altura o próprio exército”.
Daniel Almeida revelou que ao tomar conhecimento do caso apercebeu-se logo que não se tratava de um acto com ligações ao terrorismo e narcotráfico.
Os passos dados pelo soldado para realizar o massacre, na óptica de Almeida, demostram que o soldado terá agido por força de alguma perturbação mental ou razões pessoais.
Para o capitão não se entende como é que as Forças Armadas só se deram conta da chacina quase 24 horas depois, "algo está mal".
O Governo decretou dois dias de luto nacional.
Hoje, no final de uma visita ao avião militar americano Boeing C-17, o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva pediu às pessoas para estarem tranquilas.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
PRS ABANDONA REUNIÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DA ANP
O Partido da Renovação Social (PRS) abandonou esta terça-feira, 26 de abril de 2016, a reunião da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, alegando a violação do formato da agenda inicial de dois pontos definido pela Comissão Permanente para seis pontos.
Sola Nquilim Na Bitchita, da bancada parlamentar do PRS, explica a’O Democrata, à saída da reunião, que o seu partido decidiu retirar-se do encontro, em consequência da adulteração da agenda, sublinhando por outro que “só ontem”, (25 de Abril de 2016), o documento foi entregue à sua formação política para dia seguinte ser debatido na reunião.
“A reunião tinha sido convocada para analisar apenas dois pontos; o discurso do Presidente da República do passado dia 19 de abril e a preparação de um eventual pedido de debate de urgência sobre o estado da nação, mas na reunião fomos confrontados com uma nova agenda de seis pontos”, acrescenta.
Inácio Correia, primeiro Vice-presidente do parlamento, diz não compreender atitude do PRS de abandonar a sala da reunião, uma vez que o encontro desta terça-feira foi convocado, em função da nova matéria disponível na ANP, com base no consenso chegado nas negociações do passado dia três, para o agendamento do debate sobre estado da nação requerido pelo Presidente da República.
Sobre o posicionamento do PRS, a Comissão Permanente da ANP reagiu, em comunicado pedindo adoção, da parte dos partidos políticos com assento parlamentar, de condutas conducentes ao respeito pela dignidade dos titulares dos seus órgãos internos e às normas que regulam organização e o funcionamento da ANP.
A Comissão Permanente diz na mesma nota, expressar a sua solidariedade institucional ao Presidente da Assembleia Nacional Popular e ao mesmo reafirma a sua confiança a Cipriano Cassamá na condução do parlamento com “isenção e o respeito à Constituição da República da Guiné-Bissau”.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
MÚSICO CONGOLÊS PAPA WEMBA MORRE DURANTE UM CONCERTO EM ABIDJAN
Papa Wemba estava a atuar em Abidjan, na Costa do Marfim. Vídeos mostram-no a cair para trás sem que as bailarinas se apercebessem
Era um dos músicos africanos mais influentes: Papa Wemba, de nacionalidade congolesa, morreu aos 66 anos depois de colapsar em palco, avança a imprensa internacional.
Vídeos do concerto mostram Papa Wemba a cair para trás e ficar imóvel no chão, enquanto as bailarinas continuavam a dançar na parte da frente do palco em Abidjan, na Costa do Marfim. Só alguns segundos depois se apercebem de que o cantor, conhecido na cena da música africana desde 1969, colapsara.
A morte foi confirmada à emissora francesa France 24 pelo agente de Papa Wemba, cujo verdadeiro nome era Jules Shungu Webadio. Papa Wemba foi o inspirador de um movimento de culto, cujos membros seguidores, os Sapeurs, eram sobretudo jovens do sexo masculino que gastavam somas avultadas em roupas de estilistas, recorda a BBC.
Papa Wemba tinha sido condenado em França, em 2004, por auxílio à emigração ilegal, tendo passado três meses na prisão. Foi um dos nomes mais conhecidos do soukos, género musical também chamado de rumba africana, que surgiu no Congo nas décadas de 1930 e 1940 e veio a ganhar popularidade por todo o continente africano.
segunda-feira, 18 de abril de 2016
PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU DIZ-SE “TRANQUILO PARA CONTINUAR A TRABALHAR”
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Correia, disse hoje que o seu Governo “está tranquilo e continua a trabalhar”, mesmo perante insistentes rumores sobre a iminência do derrube do executivo no Parlamento.
Carlos Correia falava à Lusa e RDP/África à margem das cerimónias de abertura oficial da campanha de comercialização da castanha do caju, principal produto de exportação do país, na vila de Djalicunda, no norte.
Depois de anunciar que o preço base de compra da castanha ao agricultor será de 350 francos CFA, por quilo, o primeiro-ministro guineense comentou a situação política do país remetendo para o Parlamento “a luta política”.
Na terça-feira, o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, fará uma comunicação à nação a partir do parlamento e espera-se que haja um debate sobre o estado do país no mesmo dia.
Vários setores políticos e diplomáticos admitem a iminência da queda do Governo de Carlos Correia, situação que este desdramatiza, afirmando que vai continuar a trabalhar.
Para a mãe, o mais grave foi quando o atleta decidiu fixar a residência em Dakar em um centro de preparação para competições internacionais deixando para trás filhos e duas mulheres sob sua responsabilidade.
Revoltada com a situação financeira do filho, a mãe Fera Imbandé afirmou que na última deslocação do filho à Argélia interviu para que não aceitasse competir. A mãe queria que o atleta colocasse um ponto final na carreira e virar-se para lavoura ou homem de campo para o sustento da família.
“Falei para Augusto Midana, pedi-lhe que abdicasse de lutar e se dedicasse aos trabalhos do campo, talvez teria mais lucro do que sacrificar-se por uma coisa que não lhe dá nada além da visibilidade”, disse a mãe do rei de arena de Luta Livre guineense, que manifestou a sua revolta pela situação da dificuldade financeira e económica que estão a enfrentar.
Humilhante ou não, mas a mãe mostra-se inconformada com a condição de vida do filho e desafia qualquer cidadão guineense a visitar a casa da pessoa que nos últimos tempos tornou-se notícia nos órgãos de comunicação social nacional e internacional, enquanto a mãe está a ser consumida pela pobreza.
Neste sentido, Fera Imbandé faz um paralelismo entre informações consumidas na tabanca sobre o sucesso do filho e o acolhimento dos resultados do atleta no seio da família, facto que na sua explicação pode colocar em risco o futuro de Augusto Midana, enquanto atleta, caso persista a situação. Isto numa clara alusão a eventual descontentamento familiar, que segundo a mãe, corre o risco de ser retirado o poder de luta, que de acordo com a tradição é dado a um lutador para representar a comunidade em diferentes eventos tradicionais.
DERRAMO ÁGUA NA PORTA E PEÇO A DEUS QUE AJUDE MIDANA VENCER TODAS AS COMPETIÇÕES EM QUE PARTICIPA
Quanto a sua capacidade de lutar, a mãe não foi tão explícita na sua explicação quando foi interpelada para contar se alguma vez viu o filho a utilizar algo ligado a mistério que lhe dá a força. A mãe foi de seguida esclarecedora que é uma mulher e há certas coisas dos homens que as mulheres não são convidadas para debater nem tão pouco conhecer.
“Essa é nossa realidade. O que eu faço cada vez que o meu filho vai lutar derramo água na porta e peço a Deus que o ajude. Isso sim faço, vou continuar a fazê-lo para o sucesso dele e do país nas competições internacionais”, assegura.
Particularizando um pouco o assunto em abordagem, “O Democrata” foi descobrir que Augusto Midana (Bighatte) era tímido e reservado. Sempre liderou a sua camada na luta tradicional balanta.
Um assunto que a mãe não soube especificar se foi transmitido algo hereditário ou não, porque pelas informações da mãe, o pai de Midana, falecido há uns quatro anos atrás, também era lutador nato. Infefilzmente o jornal não conseguiu confirmar essa versão, porque a fonte onde “O Democrata” deveria recolher essa informação não se econtrava na aldeia.
Fera Imbandé confessou ao jornal “O Democrata” que não acreditava se o filho teria resultados que hoje tem. Todavia, e não obstante o seu pessimismo em relação ao filho, explica a mãe, que Augusto Midana sempre estava animado.
“Não podem imaginar quando recebi a notícia de que o meu filho conseguiu levar de vencida um branco. Saltei de alegria por todos os cantos da tabanca”, refere.
Questionada se tivesse que defender até agora o regresso do filho à luta tradicional e ao trabalho de campo escolheria o quê, responde a mãe mostrando que tem a noção da dimensão do trabalho do filho, aquilo que o filho faz, mas exige que o reflexo desse trabalho chegue à “família agitada” para moralizá-la.
A mãe explica na primeira pessoa e sem receio que não queria casar-se com o pai de Augusto Midana, porque era bastante velho. Contudo, acabou por se casar com ele, porque foi imposta a fazê-lo pelo seu próprio pai Wangna Imbandé, que de vez em quando a ameaçava que a cortaria orelha se desobecesse às ordens ou sua conversa. Foi a partir desse momento que começou a esforçar-se a aproximar do seu marido Midana, pai do lutador guineense e medalha de ouro dez vezes.
Recuando um pouco no passado, Fera Imbandé lembra que quando Augusto Midana era criança ela só tinha um pano e uma camisa, uma espécie de uniforme.
De acordo com Fera Imbandé, a família do atleta consegue se autosustentar graças a lavoura e pesca artesanal praticada logo de manhã com as redes curvas que as próprias mulheres balantas confeccionam.
Confrontada com as informações postas a circular na tabanca em como a mãe do atleta estará a encobrir ganhos do filho e agindo nas costas da família, Fera Imbandé nega que em nenhum momento recebeu do seu filho algo proveniente do seu trabalho, sobretudo nos últimos em que fixou a residência em Dakar (Senegal).
FAMÍLIA SATISFEITA COM A INICIATIVA DO GOVERNO EM CONSTRUIR A CASA PARA MIDANA
Fera Imbandé reagiu, por outro lado, com a satisfação ao anuncio do Governo guineense, que em uma sessão do Conselho de Ministros, anunciou a construção de uma casa para o atleta e fixar um teto salarial mensal de um milhão de Francos Cfas para campeão africano.
Pouca gente da família do atleta fala correcta e fluentemente o crioulo. Até uma das filhas de Augusto Midana que já vai a escola não fala fluentemente o crioulo.
O jornal “O Democrata” encontrou na tabanca do lutador uma máquina de descasque do arroz, mas inoperante há mais de um ano. A mãe não conseguiu explicar como a máquina foi adquirida, todavia, presume que seja através de amigos.
Explicou neste particular que quanto ao rendimento, a máquina não tem ganhos financeiros já que cada saco de arroz descascado paga-se um quilograma de arroz.
Apesar de apresentar uma certa idade da terceira fase, a mãe ainda se resiste ao trabalho de campo. O engraçado é que não fala fluentemente o crioulo, mas na sua memória estão presentes nomes como Inglaterra, Egipto e Argélia, alguns dos países por onde o filho pisou em competição.
Como sempre a vida é feita de curiosidades uma cadeira plástica de Augusto Midana de cor amarela, onde o lutador se senta para repousar foi fotografada. “O Democrata” fez igualmente imagens relacionadas a imobiliários do atleta como podem ver pelas imagens da reportagem.
A reportagem do jornal “O Democrata” aprovou a comida de caldo branco da família da velha Fera Imbandé com arroz de pilão e peixe “bentana”, que deixou salivas nos cantos da boca de cada um dos elementos da equipa do jornal. Foi uma experiência que talvez possa não repetir, mas serviu para saborear e partilhar a vida com a mãe do atleta, que num gesto simbólico se dirige a comida dizendo na língua balanta: “n’tira klode – Estão servidos fiquem à vontade”.
CARLITOS COSTA: “SUBVENÇÃO DOS ATLETAS DE ALTA COMPETIÇAO PODE ACONTECER NESTE ANO”
Entretanto, o Director Geral dos Desportos, Carlitos Costa garantiu em entrevista exclusiva a’O Democrata” que a subvenção do tricampeão africano de luta livre, assim como dos outros atletas de alta competição, será materializado até final do ano em curso, através de um pacote de leis que já foi aprovado no Conselho de Ministros.
Segundo Costa, resta agora a Assembleia Nacional Popular discutir e aprovar a proposta lei do governo e a sua posterior promulgação por parte do Chefe de Estado.
Carlitos Costa disse que a intenção de subvencionar os atletas de alta competição, nomeadamente, Augusto Midana, Taciana Baldé, Holder da Silva e outros, visa garantir uma vida condigna aos atletas guineenses considerados de alta competição.
A aprovação da lei da subvenção, que conforme avançou está em curso, garantirá a continuidade da subvenção e dar aos atletas direito de receber a referida subvenção.
O governo anunciou a construção de uma residência para Augusto Midana, que segundo o governante foi uma decisão do Conselho de Ministros.
Nesse particular, Costa garantiu que o governo vai mesmo honrar com o seu compromisso, construindo a residência para o atleta na sua aldeia natal.
“Achamos que seria injusto construir uma residência para ele em Bissau, achamos que lhe se sentiria honrado se a construíssemos na sua aldeia natal”, assegurou o responsável, para de seguida avançar que a subvenção de todos os atletas de alta competição será estipulada através de uma proposta de Secretaria de Estado da Juventude, Cultura e Desporto que foi aprovada pela plenária governamental.
Convidado a comentar as declarações da mãe do atleta que disse ter pedido a Midana a abandonar a luta para se dedicar a lavoura porque seria mais rentável em vez da luta, o governante reagiu com naturalidade a essas declarações.
Segundo Costa, é legítima qualquer família ter as referidas reacções, uma vez que se trata de um atleta com grande proeza como Midana e é natural que um familiar se sinta revoltado com a sua situação económica.
“Qualquer mãe se sentiria revoltada, uma vez que gostaria de ter ou gozar de uma recompensa pelo trabalho que o filho está a fazer em nome do país”, notou.
Costa disse que o país já está a começar a criar condições para poder recompensar todos os atletas que estão a levar o nome do país ao mais alto nível.
Na sua visão, a organização começa pela legislação que futuramente dará aos atletas direitos de beneficiar das subvenções que vai dignificá-los como atletas de alta competição.
De acordo ainda com Carlitos, a legislação permitirá saber cada vez que um atleta conquiste uma medalha, vai se saber quanto é que o atleta deverá receber por cada medalha conquistada em nome do país.
Carlitos Costa defendeu que se houvesse uma legislação desportiva há muito tempo, hoje não “estaríamos a falar de subvenções”.
REPORTAGEM_Mãe de tricampeão africano de luta livre: “PEDI A MIDANA A ABDICAR DE LUTA PARA SE DEDICAR AO TRABALHO DE CAMPO”
“Pedi a Augusto Midana que abdicasse de lutar e se dedicasse aos trabalhos do campo, talvez teria mais lucro do que sacrificar-se por algo que não lhe daria nada, além da fama”, palavras duma mãe revoltada, que fomos buscar no meio de uma mata a trabalhar para vir contar a história do tricampeão africano da luta livre, Augusto Midana.
Fera Imbandé, mãe do tricampeão africano de Luta Livre, manifestou assim a sua revolta pela situação de dificuldades financeiras e económicas que a sua família enfrenta, não obstante os sucessos do filho na arena internacional da Luta Livre, que na opinião da mãe, não serve para nada e razão pela qual preferia que o filho se dedicasse aos trabalhos de lavoura de campo e através do qual podia sustentar a sua família.
Uma equipa de reportagem do semanário “O Democrata” deslocou-se na última sexta-feira, 08 de Abril, à aldeia natal do rei de arena da Luta Livre guineense, Augusto Midana, a fim de abordar com a família sobre os primeiros passos dados na luta livre por Midana, que segundo a própria família, começou com a prática da luta tradicional.
Na viagem à localidade de Sokutu, arredores de N´hôma, secção do Sector Nhacra (Região de Oio, norte do país), que dista a trinta (30) quilómetros de Bissau, a equipa de reprotagem do Jornal “O Democrata” disfrutou de um ambiente saudável e de simpatia de algumas pessoas que se ofereceram voluntariamente acompanhar os repórteres do jornal à vila do atleta Augusto Midana (Bighatte, nome com qual é também conhecido), medalha de ouro africano três vezes consecutivas para a Guiné-Bissau.
A tabanca de Augusto Midana tem o nome de “Ayoma” e é constituída de três casas uma de zinco e duas de palha e está vedada de paus. Na parte exterior tem uma outra casa de palha. Midana é casado segundo uso e costumes dos balantas, tem duas mulheres e seis filhos, três rapazes e três raparigas.
Logo a chegada, a nossa equipa de reportagem encontrou a tabanca animada (haviam na tabanca muitas crianças taguerelando umas com outras na gritaria e mais umas três mães sentadas numa varanda a sombra da palhota).
A mãe tinha deixado a casa a procura de sustento, depois de solicitada, teve a amabilidade de regressar e sentar-se a mesma varanda terra batida e esburacada com a equipa de reportagem do semanário independente guineense. Quando chegou, ela estava cheia de suor e rodeada de crianças.
Decorridos alguns minutos e de uma pequena brisa natural que saía da bolanha que fez secar o suor e comprimentar os repórteres na língua local (balanta). É uma mãe sorridente para quem já a viu e conhece, mas que aparentemente se sente magoada e consumida pela pobreza.
Num primeiro contacto com o jornal, Fera Imbandé parecia ter receio de dizer algo sobre o filho, mas na equipa havia um dos repórteres que domina o balanta conseguiu não só animá-la como também aproximá-la da equipa. Comovente com a iniciativa, chama a família para transmitir, em detalhes, a intenção dos repórteres. É verdade que a família já acompanhava a proeza do lutador pelos órgãos de comunicação social, sobretudo nas rádios.
Mas a grande verdade tem a ver com o sentimento dos familiares em relação a reflexos dos resultados de Augusto Midana na sua própria família, que vive numa casa de zinco em condições inadequadas atendendo a dimensão do atleta. Pelo menos esse é o sentimento que caracteriza aquela família, e que não esconde o orgulho de pertencer a mesma clã.
Todavia, terá sido essa vontade e orgulho que acabou por reunir a família incluindo a mãe em torno do mesmo sentimento, para falar com os repórteres de “O Democrata” depois de receber alguns detalhes, em balanta, da deslocação da equipa.
Depois de uma explicação alucinante das razões que moveu o jornal a se deslocar a sua procura, mãe Ferá Imbandé ri-se dela mesma dizendo, “Nha fidjus, alin li sussu sim nada”. Foi justamente com este lamento que a mãe do lutador guineense, dez vezes medalhado, começa por abrir o campo para uma conversa amena com os repórteres do semanário independente “O Democrata”.
MÃE: “MIDANA TRAZ RESULTADOS BONS AO PAÍS E REGRESSA À CASA DE MÃOS LIMPAS OU SEM NADA”
Segundo as explicações, a paixão de Augusto Midana pela Luta Livre não moderna terá começado muito cedo nas manifestações tradicionais (kussundé, fanado e toca-choro…) da etnia balanta. Competia sempre nesses ambientes e foi crescendo como grande lutador tradicional de N´hôma chegando a atravessar até a norte do país, na língua balanta chamada zona de kuntoê.
“A minha surpresa foi quando fui informada pela primeira vez, que o meu filho ‘na bai lutu di brancus’ (luta livre moderna no exterior). Acolhi a informação com muito agrado. Mas vai, participa, traz resultados bons e quando volta para a Guiné-Bissau regressa à casa de mãos limpas ou sem nada”, explica lamentando o facto de a família não ter tido gozado o reflexo da fama do filho.
terça-feira, 29 de março de 2016
"Pai Grande" do Namibe aumenta prole para 167 filhos
Francisco Tchikuteny perdeu a conta aos netos e bisnetos mas pede agora ajuda do governo
O “pai grande” do Namibe aumentou a sua prole de filhos para 167. Mas agora, diz, precisa de ajuda para a sua enorme família.
"Pai grande" do Namibe aumenta número de filhos para 167 - 1:42
Francisco Tchikuteny diz que ao todo teve já 200 filhos, dos quais 167 estão vivos todos educados “no amor à pátria, respeito às instituições e temor a Deus”.
O "pai grande" do Namibe diz ter perdido conta ao número de netos e bisnetos, prometendo fazer a actualização nos próximos tempos, ”se Deus permitir”, frisa ele.
Tchikuteny, na sua primeira entrevista este ano, à Voz de América, disse que a crise económica que assolou o mundo e Angola, principalmente, afectou grandemente a sua família. Isto porque a província do Namibe regista seca há quatro anos consecutivos, deixando aquela família sobrevivendo da graça de Deus.
A escassez de água no sistema regadio de trinta hectares do campo agrícola, um dos elementos fundamentais para a segurança alimentar daquela família, é o calcanhar de Aquiles que Francisco Tchikuteny diz ter na Ilha do Mungongo. Por isso pede ajuda ao governo de Angola.
Para Tchikuteny “é uma bênção o país ter um homem com mais de 67 anos de idade com mais de 200 filhos”.
quarta-feira, 23 de março de 2016
SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA GUINEENSE RECONHECEM NECESSIDADE DE PREVENÇÃO
O director-geral dos Serviços de Informação e Segurança da Guiné-Bissau, Antero Correia disse segunda-feira à Lusa que, apesar de não haver ameaças directas, há sinais de que é preciso estar prevenido contra actos terroristas no país.
“A prova de que estamos ameaçados é que começamos a ver os nossos cidadãos a participar neste tipo de actividade”, referiu, numa alusão à detenção de três suspeitos de ligações à Al-Qaeda do Magrebe Islâmica (AQMI), treinados no Mali.
As detenções foram feitas em Janeiro e Fevereiro, quando os guineenses foram cúmplices na fuga de um terrorista da AQMI condenado a prisão perpétua evadido da Mauritânia.
Segundo Guadalupe Megre, do Escritório das Nações Unidas para as Drogas e Crime (UNODC), a região africana do Sahel, da qual a Guiné-Bissau faz parte, enfrenta “problemas graves de terrorismo.
“Os riscos estão a aumentar na África Ocidental. O Sahel está com problemas graves de terrorismo e nós temos visto pelos recentes ataques, nomeadamente na Costa do Marfim e Burkina Faso, que eram considerados países seguros até agora, que nenhum país está livre”, referiu.
Os receios existem, o que não quer dizer “que a Guiné-Bissau vai ter um ataque. De qualquer maneira, os Estados devem estar preparados”, acrescentou Guadalupe Megre.
Aquela responsável coordena o programa contra o terrorismo da UNODC para a África Ocidental e Central e falava à margem da abertura de uma formação para agentes de forças de segurança guineenses que decorre durante três dias, em Bissau.
Peritos portugueses da Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Serviços de Informação vão liderar os trabalhos.
“A Guiné-Bissau tem feito um trabalho muito meritório no que toca a esta matéria” e a formação sobre formas de prevenir o terrorismo vai continuar nos próximos tempos, graças a um programa da UNODC financiado para a África Ocidental”, sublinhou Guadalupe Megre
segunda-feira, 21 de março de 2016
BARACK OBAMA EM CUBA PARA “MOSTRAR QUE HÁ UMA MUDANÇA EM QUE SE PODE ACREDITAR”
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acabou de aterrar em Havana, e iniciar uma visita oficial a Cuba cuja importância política e significado histórico provavelmente só encontra paralelo na ida de Richard Nixon à China, em 1972, ou o discurso de Ronald Reagan na porta de Brandenburgo, em 1987 – dois momentos de “esperança” e “mudança” no equilíbrio de blocos que
Eleições legislativas em Cabo-Verde: MPD VENCE COM MAIORIA ABSOLUTA: ULISSES ELEITO PRIMEIRO-MINISTRO
O Movimento para a Democracia de Cabo Verde (MpD) foi o grande vencedor de escrutínio das eleições legislativas realizadas no domingo, ontem (20 de Março), com a maioria absoluta. Conforme os resultados provisórios, o líder Ulisses Correia e Silva quebra o jejum do seu partido (MpD), levando-o ao poder depois de passar 15 anos na oposição – de 2001 a
sexta-feira, 4 de março de 2016
DELEGAÇÕES DA ANP E DO PAIGC ABANDONAM REUNIÃO NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Os membros das delegações do Parlamento da Guiné-Bissau e do PAIGC, partido no Governo, abandonaram hoje uma reunião convocada pelo Presidente da República para solucionar a crise política no país.
O vice-presidente do parlamento Inácio Correia e o primeiro-ministro guineense, Carlos Correia, este em representação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), disseram aos jornalistas que decidiram abandonar a reunião porque o encontro não respeita o formato que as suas instituições esperavam ver.
Ambos contestam o facto de o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter convocado representantes de um grupo de 15 ex-deputados, expulsos do parlamento, depois de terem deixado de pertencer ao PAIGC.
Ambos contestam o facto de o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter convocado representantes de um grupo de 15 ex-deputados, expulsos do parlamento, depois de terem deixado de pertencer ao PAIGC.
“Infelizmente, não podemos continuar nesta reunião com os 15 na sala. Entendemos que o problema dos 15 é um assunto interno do PAIGC que não deve ser resolvido no Palácio, mas sim na sede do partido ou nos tribunais”, disse Inácio Correia, primeiro vice-presidente do parlamento.
Também o primeiro vice-presidente do PAIGC e primeiro-ministro, Carlos Correia, justificou o abandono da sala da reunião pelos mesmos motivos.
“Não estamos aqui para discutir a crise de instituições com um grupo de pessoas, mas sim com instituições, por isso abandonámos a sala”, observou Carlos Correia.
Mesmo com o abandono das duas delegações, a reunião prossegue no Palácio da Presidência, juntando o Presidente, José Mário Vaz, e representações dos 15 deputados expulsos, do Partido da Renovação Social (PRS, oposição), sociedade civil e elementos da comunidade internacional, estes últimos convidados apenas a testemunhar o encontro.
Mesmo com o abandono das duas delegações, a reunião prossegue no Palácio da Presidência, juntando o Presidente, José Mário Vaz, e representações dos 15 deputados expulsos, do Partido da Renovação Social (PRS, oposição), sociedade civil e elementos da comunidade internacional, estes últimos convidados apenas a testemunhar o encontro.
BOUCUNDJI CÁ PEDE UMA “SOLUÇÃO RÁPIDA” NA SELEÇÃO NACIONAL DE FUTEBOL
O capitão da selecção nacional de futebol, Boucundji Cá apelou um rápido entendimento e clarificação da situação dos ‘Djurtus’, defendendo o regresso ao comando do seleccionador luso, Paulo Torres, noticiou hoje a Rádio Jovem.
A Federação de Futebol anunciou, em Fevereiro, a contratação do técnico Baciro Candé para orientar os ‘Djurtus’. Mas o técnico português Paulo Torres já anunciou a manutenção no cargo por ter contrato válido até Novembro próximo.
De acordo com a Rádio Jovem, perante este imbróglio em torno da principal equipa do país, e tendo em conta o aproximar do jogo do dia 23 deste mês em Bissau frente à selecção queniana, o capitão nacional manifesta-se preocupado. O impasse pode pôr em causa a organização do jogo e a vinda à selecção guineense de alguns jovens talentosos que ainda “espreitam oportunidades nas selecções estrangeiras, principalmente na portuguesa”.
Em nota de imprensa divulgada em Bissau, o internacional guineense apela aos jogadores a absterem-se das querelas entre dirigentes de futebol que possam comprometer a coesão interna no seio da equipa, justificando a“delicadeza e a importância” do próximo jogo para as aspirações da Guiné-Bissau nas competições internacionais.
Segundo Boucundji Cá, os jogadores reafirmaram a determinação de virem representar a equipa nacional guineense independentemente de quem estiver a frente da equipa nacional, avançou a estação emissora.
“Somos soldados da pátria de Cabral, portanto, estamos prontos a colaborar com qualquer um que quiser contar connosco a bem da Guiné-Bissau. Somos simplesmente jogadores, não temos opinião de quem deve ou não ser o seleccionador. Estaremos com quem for escolhido se assim se entender”, escreve o experiente médio de Paris FC, da segunda liga francesa.
Segundo a Rádio Jovem, Baciro Candé orientará a selecção nacional nos próximos dois jogos e deverá divulgar a lista dos convocados o mais tardar até à próxima segunda-feira.
As fontes da Rádio Jovem não souberam, contudo, confirmar se a situação de Paulo Torres está completamente resolvida.
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